quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Biografia – Parte I

Eu ainda nem terminei de ler “Mais Pesado que o Céu”, uma das diversas biografias sobre Kurt Cobain mas começo a pensar um pouco sobre o estilo de vida dele, um jeito conturbado que queria algo mas quando conseguia era contrário ao que conquistara. As drogas como desculpa de resolver um problema de estômago, cartas não enviadas e um gênio criativo absurdo numa das bandas mais marcantes do rock e que deixou de herança outro gênio com uma banda sensacional – Dave Grohl e o Foo Fighters.

Toda vez que leio uma biografia eu tento tirar um pouco da história dessas pessoas e utilizar no meu dia-a-dia ou até mesmo, com as devidas proporções, comparar comigo. No caso do Kurt eu andei pensando, nada justifica ele ter acabado com a vida (ainda não cheguei nessa parte) e com o Nirvana pelas drogas, ainda mais pelo motivo de como ele iniciou no mundo das drogas que o destruiu. Mas por outro lado, era um estado de espírito onde ele estava cansado de como as coisas andavam, de sua infância conturbada e como o sucesso que ele tanto quis acabou com sua vida – apesar de no fundo gostar de tudo.

Acho que as bandas que ouvimos, pelo menos para aqueles que prestam atenção muito além da batida e sim nas letras e estilo de vida, reflete nas nossas atitudes por isso estou lendo muitas biografias para quem sabe um dia escrever a minha – o blog é apenas pequenas páginas de tudo que acontece comigo.

E em “Mais Pesado Que o Céu” procuro entender como mesmo que o sucesso seja alcançado ele pode acabar com uma carreira e pra mim é necessário que a vida pessoal e afetiva caminhe junto de forma paralela e no infinito, sem nunca se cruzarem porque é onde o ruído entra e as coisas pioram.

Talvez nessa fase que estou passando tudo está mais pesado que o céu mesmo, como se o peso nas minhas costas aumentassem por uma pressão que não sei se deverei exercer sobre mim, mas que acaba me deixando sem chão.

São duas estradas, caminhos diferentes e fazer a escolha errada pode alterar um destino de glória. Imagine se Kurt não tivesse se drogado e acabado com tudo, seria o gênio que é hoje?

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